Podemos considerá-la como uma vertente da Psicologia especialmente interessada pelo entendimento da morte no desenvolvimento humano, visto que a morte é uma das características peculiares ao homem (O ser vivo, nasce, cresce, reproduz e morre).
Sabemos que nascer, se desenvolver e morrer são fatos naturais pertencente ao ciclo vital de qualquer ser vivo. Mas, como somos seres pensantes, a morte se apresenta como algo inalcançável a nossa inteligência e consciência. Inalcançável por suas características de irreversibilidade e mistério. Por isso o assunto “morte” torna-se uma carga de emoções capaz de abalar nosso ser existencial.
Somos educados para viver com qualidade. A pulsão de Eros é explicitamente derramada em nosso “ser”. Somos “condicionados” a interditar e negar a nossa mortalidade. Ainda quando religiosamente nos dobramos a morte, fazemos porque acreditamos em um a outra “vida”.
A negação da morte é tão intensa, que nos dias atuais as empresas responsáveis pelos funerais, fazem maquiagens nos corpos, para que haja fantasiosamente aspecto de “vida”. Outra situação que evidencia quão grande é a rejeição sobre o assunto é a fortuna gasta em congelamentos com promessas de possível vida após um determinado tempo. Pode parecer horrível e inacreditável, mas é a mais pura realidade. (KÜBLER-ROSS, 2008)
Como a sociedade não permite que se fale sobre o assunto, achando até que é um mau presságio, a humanidade continua sem esclarecimentos, assim o sofrimento é muito maior. Em muitos casos, as pessoas não sabem que o que estão sentindo no processo de luto é natural e acham que estão enlouquecendo. Tudo isso é falta de conhecimento. Não há receitas mágicas, nem respostas prontas para fazer com que aceitemos a morte, mas a educação para a morte permite uma busca do verdadeiro sentido de existir.
O progresso, a tecnologia, a ciência, a arte estão empenhados em prolongar a vida. No entanto, a vida precisa ser “humanizada”, visto que o fim da mesma é inevitável.
A morte está correlacionada com a vida e não com o adoecer.
Ninguém morre porque está doente e sim porque está vivo.